Instituto Pensar - Mortes por Covid-19 tiram R$ 5,1 bilhões das famílias em um ano

Mortes por Covid-19 tiram R$ 5,1 bilhões das famílias em um ano

por: Sheila Rezende 


Coveiro enterro vítima da Covid-19 ? (Foto: Reprodução/A Crítica)

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), as mortes pela Covid-19 entre brasileiros a partir de 20 anos de idade enxugaram em R$ 5,1 bilhões a massa de renda potencial das famílias atingidas no período de um ano. A perda é de R$ 2,2 bilhões na renda potencial das famílias nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Leia tambémGuedes tenta resistir, enquanto pressão por renovação de auxílio cresce

Os dois Estados concentram juntos mais de 40% das vítimas fatais da pandemia. O cálculo considera uma perda de cerca de R$ 1,1 bilhão em rendimentos do trabalho das vítimas na faixa etária de 20 a 69 anos, e mais R$ 1,1 bilhão em aposentadorias dos mortos com idade a partir de 70 anos. Muitas das vítimas eram trabalhadores ou aposentados responsáveis pelo sustento familiar.

"Isso vai acabar lançando mais gente na pobreza?, lamentou Claudio Considera, coordenador do Núcleo de Contas Nacionais do Ibre/FGV, responsável pelo levantamento.

Impacto da Covid-19 e o desemprego em 2021

Para Marcelo Caparoz, economista da RC Consultores, o fim do pagamento do auxílio emergencial e a perda de renda por parte dos chefes de família vítimas da Covid devem pressionar a taxa de desemprego ao longo do primeiro semestre de 2021.

Leia tambémPSB e partidos se unem para exigir vacina, impeachment e renda

"Algumas famílias podem ter dificuldade de sobrevivência, muitas dessas pessoas (de famílias atingidas) irão para a informalidade, ou vão começar a procurar emprego?, previu Caparoz. "O ápice (da taxa de desemprego) deve ser por volta de maio de 2021, com a taxa rondando o patamar de 15,7%.

Para o fim de 2021, com o avanço da vacinação e a redução das restrições econômicas, a atividade ganhará mais força, levando a taxa de desocupação para 14,3%. De qualquer forma, o número de desempregados ficará elevado, na casa de 15 milhões de pessoas?, concluiu.

Com informações do Estado de S. Paulo



0 Comentário:


Nome: Em:
Mensagem: